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    Caio Salvino
    29 de mar. de 2018

    BACTÉRIAS E SERES HUMANOS: VIVEMOS UMA GUERRA AFINAL?

    em PAPO DE JALECO

    Prof. CAIO ROBERTO SALVINO FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO e MICROBIOLOGISTA Diretor Executivo – Laboratório Saldanha – Lages / SC Diretor Executivo – IMERSÃO Consultores Associados – Florianópolis / SC

    É inevitável a pergunta, já que em quase tudo que se lê ou vê na mídia, fala em “superbactérias”, “guerra contra as bactérias”, dentre outras expressões, ao meu ver, extremamente sensacionalistas. Porém, inegável é, a necessidade de uma informação que chegue à população, mostrando em linguagem clara e direta, que existe um seríssimo problema de saúde, e este é relacionado ao uso dos fármacos antimicrobianos, vulgarmente chamados de antibióticos.


    A chamada “era da antibioticoterapia” começa com a descoberta da Penicilina por Alexander Fleming, em 1928, mas o uso maciço deste grupo de fármacos, iniciou mesmo durante a segunda grande guerra. Nas primeiras duas décadas do pós-guerra, ocorreu o maior número de descobertas de novos fármacos, assim como modificações químicas naqueles que já estavam sendo comercializados. Era a “era de ouro” dos antibióticos. Penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos, glicopeptídeos, quinolonas, e vários outros grupos foram, na medida de sua fabricação em massa e necessidade, sendo colocados no mercado à disposição dos prescritores, porém, na voracidade que conhecemos, ou seja, sem exigência de prescrição médica, que foi institucionalizada no Brasil apenas há alguns anos, mais precisamente pela RDC 44, da ANVISA, em 2010.


    São setenta anos de uso destes fármacos, e erros que não se resumem ao uso em humanos, mas também em alimentos e veterinária. São toneladas de antibióticos usados anualmente para “promoverem crescimento”, ou seja, usam antibióticos para que os animais cresçam e atinjam peso de corte em menos tempo. Mas e o preço que se paga por isso?


    Hoje vivemos um descontrole total da situação da resistência bacteriana, e já temos um perfil resistente a todo o “arsenal” disponível no mercado. E de onde veio esse perfil? Do intestino de porcos chineses e das más práticas da antibioticoterapia. Nada, portanto, é ao acaso.


    A real situação é de total inconsequência, ainda, por parte de profissionais envolvidos com a prescrição e dispensação dos fármacos antimicrobianos, assim como caos no sistema de uso veterinário, onde, para se ter uma ideia, animais são tratados com antibióticos mesmo estando perfeitamente saudáveis, o que chamamos tecnicamente de uso profilático. Mas profilático para o que? Para quem? Os antibióticos são controlados em hospitais humanos, mas usados indiscriminadamente pela indústria agropecuária. Até quando?


    Até quando faremos vista grossa para absurdos em nosso país?


    Laboratórios despreparados realizando antibiogramas sem nenhuma padronização, profissionais analistas clínicos cada vez menos preparados para o mercado, que a cada dia exige mais conhecimento aplicável à prática; médicos, dentistas e veterinários prescrevendo antibióticos sem critérios, tal como a nova “moda” de prescrever a associação amoxicilina/clavulanato, mesmo para pessoas sem histórico de uso prévio de amoxicilina ou outra penicilina, sem ao menos tentar entender qual a função de um inibidor de beta lactamase; farmacêuticos despreparados e descomprometidos com a atenção farmacêutica, que deveria, no mínimo, interrogar certas prescrições. Enfim, uma cadeia de inconsequências que está levando a raça humana ao precipício.


    Infelizmente, a arrogância e prepotência são mais comuns do que gostaríamos, está por toda a parte, em todos os setores, e felizmente, em contrapartida, há os bons, os éticos, os humildes, que constantemente buscam aprender e reciclar conhecimentos, lutando incansavelmente contra os que insistem em permanecer na inércia, na zona cinza da ignorância e do desinteresse no coletivo.


    A nós, resta continuar estudando e aplicando, lutando e buscando vencer, sem jamais desistir, e quem sabe juntos, construir um futuro melhor a nossos descendentes. A guerra definitivamente existe, mas não é contra bactérias, mas sim contra um parasita muito mais patogênico: o HOMEM.

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